
Santuário do Divino Senhor da Serra

SANTUÁRIO DO SENHOR DA SERRA
Tem uma só nave. A torre ergue-se a meio da frontaria, rasgando-se na base o portal e rematando ela em pirâmide. A capela-mor, poligonal, é de tipo nitidamente românico.
Lá dentro podemos apreciar o altar-mor dourado que foi executado pelos alunos da antiga Escola Industrial Avelar Brotero em Coimbra sob orientação de João Machado, tal como os belíssimos vitrais, estes sob a direcção do prof. Lapierre.
Outros pormenores de enorme interesse são os azulejos que revestem as paredes, os quais constituem representações de cenas da vida de Jesus, os altares laterais, provenientes Capela da Misericórdia de Coimbra, a pintura do Tecto, obra do pintor Eliseu de Coimbra e o púlpito de pau preto, que constitui uma obra do séc. XVII, originário da Sé Velha de Coimbra.
Outro motivo que justifica a visita ao Senhor da Serra é a oportunidade de provar a célebre chanfana à Senhor da Serra, cuja receita se pensa ter sido criada no mosteiro de Semide: os pastores pagavam os foros com cabras e, como as freiras não conseguiam manter o rebanho e queriam conservar a carne, assavam-na em vinho, também oferecido pelos rendeiros, e juntavam-lhe o louro e os alhos da quinta.
É com o molho e as sobras da chanfana que se confecciona, igualmente, a típica «sopa do casamento», sendo a carne cozinhada em tradicionais caçoilas de barro tapadas com folhas de couve, pois o concelho desenvolveu, nos séculos XVI e XVII, uma próspera industria de olaria de barro vermelho.
Ao Senhor da Serra vai
Gente de toda a nação
Ninguém lá vai que não chore
Da raiz ao coração
Ao Senhor da Serra vai
Gente de toda a comarca
Ninguém lá vai que não chore
Quando o Senhor da Serra se aparta
Retirado da Wikipedia